Por muito tempo a procrastinação foi um termo pouco conhecido. Hoje em dia muitas pessoas não só sabem o que é procrastinação como se identificam como procrastinadoras.
Procrastinar é adiar uma decisão ou uma atitude. As pessoas pensam duas vezes, avaliam os prós e os contras, sentem-se indecisas e acabam deixando para depois aquilo que precisam fazer ou decidir.
E por que procrastinamos? São vários os fatores contextuais e subjetivos que levam as pessoas a procrastinarem. Citarei aqui alguns deles.
O desenvolvimento tecnológico aumentou consideravelmente o acesso à informação, a agilidade na execução de tarefas e a velocidade de comunicação. Com o celular, por exemplo, é possível fazer compras e pagar contas em minutos, o que era inviável há alguns anos pela necessidade do deslocamento. Estes avanços tornaram a vida contemporânea extremamente acelerada. No entanto, nem todas as pessoas conseguiram acompanhar e se adaptar a esta mudança. A procrastinação então surge como resposta a sensação de ineficiência e incapacidade em fazer as coisas com agilidade e no tempo disponível. Diante das inúmeras coisas a se fazer não se faz nenhuma.
Além da influência da tecnologia, alguns aspectos subjetivos também podem contribuir para o surgimento da procrastinação. Um deles é o perfeccionismo. A necessidade de sempre acertar pode paralisar algumas pessoas diante de algo que ela precisa fazer. O alto grau de exigência e o receio de errar gera uma grande resistência e o adiamento de decisões ou atividades para depois. Afinal de contas, se não faço, não erro e não “fracasso”.
A procrastinação envolve estes e vários outros fatores, sendo necessária uma análise singular para identificar os elementos relacionados a procrastinação de cada pessoa. O acompanhamento psicológico é indicado em casos em que ocorrem prejuízos ou estejam gerando sofrimento psíquico.
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